Novas modalidades de esportes aquecem mercado de cavalos, rações e equipamentos
A prática de esportes equestres está movimentando o mercado relacionado ao setor. Com o surgimento de novas modalidades, os centros de treinamento ganharam novos frequentadores, muitos deles profissionais liberais e empresários, ampliando o perfil do público adepto do esporte para além do restrito círculo de produtores rurais.
PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS E DAS FAMÍLIAS
Mais adequadas à participação de crianças, modalidades como o Ranch Sorting, por exemplo, têm atraído as famílias para o esporte e, com elas, os investimentos, gerando empregos. As aquisições de animais ganharam incentivo e, consequentemente, o consumo de produtos como rações, feno, maquinários, iluminação, medicamentos, serviços veterinários, equipamentos, entre outros.
MAIS INTERESSE, MAIS COMPETIDORES
Na Estância da Mata, em São José do Rio Preto, por exemplo, as inscrições para disputa de provas cresceram nos últimos anos. “Temos competidores inscritos para disputa em todas as quinze categorias nas provas de Ranch Sorting”, conta Walter Garcia, campeão nacional e recordista da modalidade. Desde 2014, quando iniciou os registros das inscrições nas disputas na Estância da Mata, o número de competidores só cresce, saltando de 4.586 para 7.406, em 2019.
O Ranch Sorting foi uma das modalidades que mais cresceu, tanto em número de competidores, quanto em número de animais. O interesse dos criadores em cavalos com especificações para essa modalidade acompanha a demanda. Dificilmente um animal com Registro de Mérito é comercializado com valor abaixo de R$ 30 mil.
ABQM DISTRIBUI MAIS DE R$ 1 MI EM PRÊMIOS
Acompanhando o interesse e os investimentos, os valores dos prêmios pagos pela ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha) também são elevados. Em abril, durante o Congresso ABQM, foram distribuídos mais de R$ 1 milhão aos vencedores das provas. Em algumas categorias os primeiros prêmios ultrapassam R$ 30 mil, gerando muita concorrência entre os competidores.
Durante os dez dias de evento, os leilões comercializaram mais de R$ 9 milhões com a compra e venda de animais da raça. Em 2018, foram realizados 232 leilões (114 presenciais e 118 virtuais) com animais da raça Quarto de Milha em todo o país. Foram comercializados 6.127 cavalos pelo valor médio de R$ 41.342,52, movimentando um total de R$ 253.305.630,25.
SÃO PAULO TEM 40 MIL PROPRIETÁRIOS
A ABQM tem mais de 550.000 cavalos registrados. Só em São Paulo são quase 40 mil proprietários. Segundo a ABQM, a equinocultura nacional, incluindo a comercialização, mão de obra, saúde e nutrição animal, eventos, além de outros serviços, movimenta R$ 16,5 bilhões/ano.
O Agronegócio do cavalo, conforme Estudo do Complexo do Agronegócio do Cavalo’, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2016, ocupa diretamente 607.329 pessoas e aproximadamente 2.429.316 empregos indiretos.
ANIMAL BATE O RECORDE DE R$ 2 MILHÕES
As aquisições de animais, geralmente de raça e com características específicas para cada modalidade, impulsionaram os leilões e um mercado no qual os valores iniciais não são de menos de R$ 12 mil e chegam facilmente a R$ 120 mil.
O recorde em 2018 foi do garanhão Don Príncipe Bar HJG, adquirido pelo cantor Wesley Safadão, por R$ de R$ 2,24 milhões, o animal mais valorizado nos pregões da raça no ano passado.
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